Promover a educação cidadã é o principal objetivo do projeto Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC). Para detalhar como o projeto funciona, os resultados já alcançados e o envolvimento de alunos, professores e familiares, o TRT Entrevista recebeu o presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho (Amatra 23), juiz Ulisses Taveira.
O TJC é coordenado pela Amatra-23 em parceria com a Justiça do Trabalho de Mato Grosso.
Acesse aqui a entrevista na íntegra.
Confira alguns pontos de destaque da entrevista:
Como funciona o projeto Trabalho, Justiça e Cidadania?
O TJC é um projeto nacional idealizado pela Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra) e replicado em cada estado pela respectiva Amatra. Em Mato Grosso, fazemos essa parceria com o TRT há algum tempo.
Qual o objetivo desse projeto?
O juiz ou juíza vai à comunidade, conhece um pouco daquela realidade e leva um pouco do seu conhecimento, e isso é uma troca, levamos a noção de cidadania, a ideia de que o trabalho tem sua época própria para ocorrer e a importância da infância.
Neste semestre, qual escola foi escolhida para receber o projeto?
Foi escolhida a Escola Teresa Conceição Arruda, na comunidade Mata Cavalo, em Nossa Senhora do Livramento. Nós estivemos lá na aula inaugural, a indicação partiu da presidente do Tribunal, desembargadora Adenir Carruesco, que tem uma história de superação que emocionou a todos, levando uma noção de pertencimento a cada criança, a cada pai, a cada professor e professora presente.
Como é desenvolvido o projeto TJC na prática? Quais são as etapas?
O projeto promove uma troca de conhecimento e experiências, uma via de mão dupla gratificante para a comunidade e para os magistrados. É uma oportunidade de estar próximo da realidade social e fortalecer a formação cidadã e o combate ao trabalho infantil.
O TJC é desenvolvido em três etapas. Temos uma fase inicial, em que os gestores, junto com os parceiros, se reúnem para escolher qual escola pode ser atendida e o que é necessário levar para viabilizar o projeto naquela comunidade.
A segunda etapa é composta pelos encontros presenciais com a comunidade escolar. Depois temos uma terceira fase, que é a da replicação, onde professores e pais transmitem o conteúdo para os alunos, por meio de atividades diversas: concurso de redação, teatro, curtas-metragens, exposições em sala de aula. Ao final, temos um encerramento com a apresentação dessas atividades.
O retorno tem sido muito positivo, impactando a conscientização sobre trabalho infantil, violência e cidadania, e ajudando a romper ciclos viciosos.
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