Melhoria da prestação jurisdicional, ações afirmativas e ampliação de práticas sustentáveis. Esses foram alguns avanços que marcaram a gestão da desembargadora Adenir Carruesco à frente do Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso. Os resultados alcançados em 2024 e 2025 foram apresentados a magistrados do Tribunal.
A apresentação, realizada na última quinta-feira (11), foi conduzida pelos juízes auxiliares da Presidência, Leda Lima e Ediandro Martins. As ações do Projeto Justiça Ativa pela Equidade Racial (Jaer) abriram a exposição. Entre os pontos destacados está a parceria com curso preparatório para ampliar a representatividade negra na magistratura e a destinação de vagas em formações da EJud ao Coletivo de Herdeiras do Quariterê, grupo ligado ao território remanescente do quilombo localizado em Vila Bela da Santíssima Trindade.
Também foi destacada a 5ª Corrida do Trabalho, que uniu esporte, conscientização e mobilização social com o tema “Muitos tons, Uma Corrida”. Além da reportagem ‘Vozes Negras’ e da campanha ‘Racismo Não! Somos 1 só time’, iniciativas premiadas nacionalmente em 2025. O conjunto de ações garantiu ao TRT o 1º lugar no Prêmio de Equidade Racial do CNJ, entre os TRTs, em 2024 e 2025. Outra conquista foi a inclusão, entre as metas nacionais, a promoção da equidade e o combate ao trabalho infantil.
A implementação do Guidance foi outro ponto destacado. Adotada no ano passado, a ferramenta ampliou o diálogo com a sociedade ao reunir dados de desempenho, conciliação, performance e prestação de contas.
Na área administrativa, a equalização da força de trabalho permitiu a remoção da Vara de Colíder e a abertura da 3ª Vara de Sinop, além da atuação de juiz colaborador no Núcleo de Justiça 4.0 em Alto Araguaia. Também foi aprovada a Resolução Administrativa 837/2025, que separou as funções da Presidência e da Corregedoria, alinhando o TRT/MT às práticas nacionais.
A presidente Adenir Carruesco também priorizou a criação da 9ª vaga de desembargador no Regional, iniciativa sem impacto financeiro e que visa melhorar o atendimento à sociedade. O projeto já passou pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal e aguarda sanção presidencial.
Os investimentos da Administração na disseminação da cultura de paz, com oferta de formação continuada para conciliadores e apoio às ações dos Cejuscs também foram ressaltados. Em relação à execução trabalhista, o Tribunal pagou R$ 35 milhões em direitos trabalhistas nos últimos dois anos, arrecadou R$ 37,5 milhões em leilões judiciais e, com pesquisa patrimonial avançada, garantiu o pagamento de 1.585 processos pendentes.
No campo da sustentabilidade, o TRT avançou no uso de energia limpa, saltando da 23ª para a 5ª posição no ranking nacional da Justiça do Trabalho. A agenda ambiental ganhou reforço com o Projeto Carbono Zero e o plantio de 100 mudas de árvores para neutralizar parte das emissões geradas no complexo-sede.
Com a intenção de reconhecer e gerar pertencimento do público interno do Tribunal, a desembargadora Adenir Carruesco lançou a 1ª edição do Prêmio Valoriza TRT. O nome dos vencedores foi anunciado na última semana, assim como a entrega de troféus, certificados, folgas compensatórias e prêmios em dinheiro doados por instituições parceiras.
Nova gestão
O encontro foi encerrado com a apresentação dos desafios para a próxima gestão, que terá início em 2026, sob comando dos desembargadores Aguimar Peixoto (presidente) e Eleonora Lacerda (vice-presidente). Entre eles, a estruturação da Secretaria de Corregedoria, após mudanças recentes, e a elaboração do Plano Estratégico Institucional 2027–2032, que demandará diagnósticos, definição de metas e construção participativa dos novos indicadores.
(Fabyola Coutinho)