O Tribunal apresentou, durante o encerramento da 8ª Reunião do Colégio de Presidentes e Corregedores dos Tribunais do Trabalho (Coleprecor), as principais ações desenvolvidas pelo projeto Justiça Ativa pela Equidade Racial (Jaer). Criada em 2024, a iniciativa contempla diversas ações com foco na promoção da equidade racial no âmbito do TRT/MT e na sociedade mato-grossense em geral.
A apresentação ficou a cargo da juíza-auxiliar da presidência do Tribunal, Leda Lima. Dentre as ações apresentadas, está o Programa de Capacitação para Pessoas Negras na Magistratura, que oferece bolsas e apoio para quem deseja ingressar na carreira. O Tribunal também abriu vagas em cursos da Escola Judicial para integrantes do Coletivo de Herdeiras do Quariterê, grupo formado por mulheres da comunidade remanescente do Quilombo do Quariterê, em Vila Bela da Santíssima Trindade.
Outra ação de grande repercussão foi a campanha “Racismo Não! Somos 1 só Time”, lançada durante o jogo entre Cuiabá e Flamengo, em novembro de 2024. A mobilização ganhou destaque nacional e ficou em primeiro lugar no Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça 2025 na categoria Campanha Institucional.
A magistrada também explicou sobre a proposição quanto às metas nacionais do Judiciário. A ideia é uma inserção de recorte racial na Meta 10 do CNJ e criação de uma nova meta, baseada no Índice de Desempenho na Promoção da Equidade Racial (Iper).
Com o tema “Muitos tons, Uma Corrida”, as ações também incluíram a 5ª Corrida do Trabalho, que levou mais de mil pessoas às ruas. Além da reportagem especial “Vozes Negras”, que compartilhou histórias inspiradoras de pessoas que venceram barreiras impostas pelo racismo. A reportagem conquistou o 1º lugar no Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça 2025 na categoria Reportagem Especial.
Em 2024, o TRT/MT conquistou o 1º lugar no Prêmio Nacional de Equidade Racial entre os Tribunais do Trabalho e o 2º lugar entre os quase 100 tribunais brasileiros, reconhecimento que se repetiu em 2025, mantendo a instituição no topo do ranking.
Para a presidente do Tribunal, desembargadora Adenir Carruesco, a discriminação racial é um fator de adoecimento social. “Combater essa chaga exige educação, capacitação e consciência coletiva”, afirmou a magistrada, reforçando o compromisso institucional com a promoção da equidade racial.
(Comunicação Social)