Em homenagem ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, comemorado no domingo (21), o TRT Entrevista recebeu a coordenadora do Subcomitê de Acessibilidade, Inclusão e Atenção à Pessoa Idosa do Tribunal, juíza Márcia Martins, que falou sobre acessibilidade e os desafios da inclusão para promover um ambiente de trabalho mais justo.
Confira a entrevista completa no Youtube do TRT/MT
Por que o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência é tão importante?
Essa data é fundamental para que a sociedade pare para refletir e passe a enxergar a pessoa com deficiência em sua totalidade — com seus sonhos e capacidades — em vez de focar apenas na deficiência, como a cadeira de rodas. É um momento para reconhecer que a pessoa é capaz e deve ser inserida plenamente na sociedade.
Quais são os principais desafios da inclusão e como superá-los?
As principais barreiras são as atitudinais, causadas pelo capacitismo, que é a discriminação baseada na deficiência. Para superá-las, a sociedade deve incluir as pessoas com deficiência, reconhecendo suas habilidades e o que elas podem oferecer, além de abandonar o uso de termos e apelidos preconceituosos, que causam dor e configuram uma forma de bullying e discriminação.
Que ações o TRT de Mato Grosso tem feito para promover a inclusão?
O Tribunal já desenvolveu mais de 42 ações em parceria com outros setores, tendo recebido prêmios por sua acessibilidade arquitetônica. Além disso, promove atividades de sensibilização, como a Semana de Acessibilidade, com apresentações culturais e feira inclusiva. Também implementou ações de acessibilidade comunicacional e tecnológica, como o balcão virtual para tradução em Libras, sistemas acessíveis e a presença de intérpretes de Libras em eventos.
Como funcionam as parcerias para esses projetos?
O TRT colabora com diversos parceiros, incluindo outros tribunais — como no caso do Balcão Virtual em Libras — e associações de pessoas com deficiência, na produção de materiais em Braille e na campanha de doação de fraldas. Essas parcerias são essenciais para ampliar o alcance e o impacto das ações de inclusão.
Por que a questão da pessoa idosa também é importante para o Comitê?
O Comitê também atua na atenção à pessoa idosa, com foco no combate ao etarismo — preconceito baseado na idade. É importante ter um olhar diferenciado para essa parcela da população, que permanece ativa e contribui significativamente para a sociedade. Nesse sentido, o Tribunal está desenvolvendo uma cartilha e ações para tornar o ambiente mais acolhedor para os idosos.
(Comunicação Social)